Uma chacina deixou 11 mortos em um bar no bairro do Guamá, em Belém, por volta das 16h deste domingo (19). Uma pessoa ficou ferida e está sob proteção policial.
De acordo com as primeiras informações, uma festa ocorria no local quando sete homens encapuzados chegaram em uma moto e três carros e dispararam contra as vítimas. Quase todas foram baleadas na cabeça, segundo o Secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado.
Dos 11 mortos, seis são mulheres e cinco são homens. Um vídeo feito logo após o massacre mostra as vítimas baleadas e caídas pelo estabelecimento, que tinha autorização para funcionar. Uma mulher estava deitada em cima do balcão do bar. Havia mais pessoas no local, mas elas conseguiram fugir, segundo Machado.
Dos 11 mortos, seis são mulheres e cinco são homens. Entre os mortos está a dona do bar. Veja os nomes de nove das 11 vítimas da chacina no Guamá:
A dona do bar foi uma das vítimas da chacina — Foto: Reprodução/TV Liberal
Dj é uma das vítimas de chacina que matou 11 em bar de Belém. — Foto: Reprodução / TV Liberal
Samira foi uma das mortas na chacina no bairro do Guamá, em Belém — Foto: Reprodução/ Facebook
Flávia foi uma das vítimas da chacina do Guamá — Foto: Arquivo pessoal
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o crime e realiza buscas aos criminosos. Ninguém foi preso até o início da manhã desta segunda-feira (20). Até o momento, cinco pessoas foram ouvidas.
Além da possível relação com o tráfico de drogas, a polícia também não descarta outras hipóteses para o crime, já que na semana passada três policiais militares foram assassinados em Belém.
"Estamos com poucas horas do ocorrido. Claro que temos algumas linhas de investigação, que estão sob sigilo, porém todas elas serão analisadas com muito cuidado, muito rigor", afirmou Machado, em entrevista coletiva na noite deste domingo.
O Guamá é o bairro mais populoso de Belém e um dos sete da região metropolitana da capital paraense que receberam, em março, a Força Nacional, devido aos elevados níveis de criminalidade.
Ao todo, 274 agentes fazem o patrulhamento nesses locais, batizados de territórios de pacificação pelo governo estadual. Segundo a gestão Helder Barbalho (MDB), houve queda no número de mortes no primeiro mês de atuação: foram 17, ante 19 nos 30 dias anteriores.
Em todo o estado, o número de mortes violentas caiu no 1º trimestre na comparação com 2018. Foram 756 neste ano, ante 996 no mesmo período do ano passado — uma queda de 24%.
A última chacina registrada na Região Metropolitana de Belém havia ocorrido em 1º de janeiro quando 5 pessoas foram mortas no bairro da Cremação por homens encapuzados que chegaram em dois carros.
Em 2018, houve duas. Em abril, 9 pessoas foram mortas em Belém e Ananindeua. Em outubro, oito foram assinados no bairro do Tapanã, na capital.
A maior onda de assassinatos ocorrida no estado foi em janeiro de 2017, quando 28 pessoas foram mortas num intervalo de 24 horas, após o assassinato de um policial militar.