Uma doença silenciosa, que pode evoluir sem sintomas durante 20, 30 anos, até se tornar crônica, se transformando em uma cirrose ou até mesmo um câncer de fígado. O alerta sobre os vários tipos de hepatite, principalmente os provocados por vírus, foi feito pelo médico hepatologista Ivan Reis, no "Papo das Seis", do Bom Dia MS desta quinta-feira (4).
Médico hepatologista Ivan Reis, foi entrevistado no "Papo das Seis", do Bom Dia MS desta quinta-feira (4). — Foto: Átilla Eugênio/TV Morena
"A hepatite é uma inflação do fígado. Pode ser provada por vários tipos de fatores e entre os principais e aqueles que estamos mais focados atualmente são os virais como a A, B, C e D. Provocam doenças agudas e crônicas e o grande problema das hepatites é que elas podem e geralmente são assintomáticas. Às vezes a pessoa nem fica doente na fase aguda e fica com esse vírus durante anos. Sabemos que um paciente que pega uma hepatite B ou C, pode ter uma evolução para uma doença crônica que leva em torno de 20, 30 anos para virar uma cirrose ou o que é pior um câncer de fígado", explicou o médico.
Reis explicou que por conta dos riscos e problemas que as hepatites oferecem é que as autoridades de saúde e a comunidade médica decidiram dedicar o mês de julho a ações para alertar a população sobre a doença, além de promover o diagnóstico, por meio do teste rápido e ainda estimular a vacinação, que é a principal forma de prevenção dos tipos A, B e C.
"Para a hepatite D ainda não existe vacina, mas somente desenvolve a doença quem já teve a tipo B, então se a pessoa está imunizada contra a hepatite B, afastamos o risco dela desenvolver a tipo D", relatou o médico.
Ele completou que a cor escolhida para representar essa mobilização foi o amarelo, por conta de que quando o paciente está com um quadro agudo da doença, fica geralmente com os olhos dessa cor, daí o "Julho Amarelo".