Viatina já entrou para a história por ser a vaca Nelore mais cara do mundo, com valor total de R$ 21 milhões. Agora, terá “cópias”. O animal, de quatro anos e sete meses de idade - que tem o nome completo de Viatina (pronuncia-se Viátina) 19 FIV Mara Móveis - está em processo de clonagem.
Neyrismar Antonio Pereira, o Ney Pereira, 47 anos, dono da fazenda Napemo, de Uberaba (MG), e um dos três proprietários, explica que a intenção é assegurar a genética do animal para dobrar, triplicar ou até quadruplicar a produção.
Mas também serve como uma forma de seguro, já que a cobertura máxima oferecida pelas seguradoras a animais de elite é de R$ 300 mil.
A clonagem custa cerca de R$ 90 mil, explica o empresário. E, embora seja usada no país em bovinos há cerca de dez anos, ainda é cheia de desafios. A própria Viatina já passou por cinco tentativas. Duas “duplicatas” chegaram a nascer, mas morreram logo. Em breve, serão feitas novas tentativas. O plano é obter três ou quatro clones no curto prazo.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, a ferramenta é importante, mas, por ser muito cara, só é usada pontualmente em animais espetaculares, como Viatina.
Viatina chama a atenção pelo combo genético, porte, pedigree e potencial de gerar animais que produzem muita carne - Foto: Ricardo Benichio
Por Eliane Silva — Uberaba (MG)