Uma mulher, de 41 anos, foi presa em flagrante pelo crime de tortura praticado contra a sobrinha, de 11 anos. A prisão aconteceu na tarde de quinta-feira(16.nov) em Sidrolândia, município que fica a 70 km da Capital.

Segundo a denúncia, a menina teria sofrido agressões, que fizeram ela ser encaminhada para um hospital. O motivo da agressão foi uma fofoca em que a menor supostamente estaria tendo relações sexuais com um vizinho, o que foi desmentido em seguida.

A menina foi agredida com cintadas e com puxões de cabelo. Por sofrer de depressão e ansiedade, a vítima se descontrolou e o Corpo de Bombeiros foi acionado.

A criança passou a noite internada no hospital e ao amanhecer, acompanhada pelo Conselho Tutelar, foi até a delegacia para que fosse feito o registro da ocorrência. Em conversa com a vítima, ela relatou que vem sofrendo agressões físicas e verbais ao longo dos 12 meses de convívio com a tia, além de ser responsável pelos serviços domésticos de casa, e quando não os cumpre é castigada.

Em depoimento especial prestado na Delegacia de Polícia Civil, a menina esclareceu com detalhes todas as agressões físicas e verbais que vem sofrendo. Informou que sua mãe se suicidou quando ela tinha apenas 3 anos e por esse motivo reside com sua tia.

Testemunhas confirmaram que a tia da vítima bateu nela com cintadas e puxões de cabelo, além de durante a discussão ter incentivado a menor a se matar.

Os vizinhos também foram intimados para prestar depoimento em relação às frequentes agressões, sendo que todos confirmaram que é comum a tia da menor a xingar de porca, p* e relaxada. Relatos também confirmam que a tia da menor diz que ela deveria se matar como a mãe fez.

Além disso, apurou-se que a vítima é responsável por todos os afazeres domésticos da residência, o que inclui cuidar de um bebê de 8 meses, filha da autora, sendo que conforme uma testemunha a menina dormia em um colchão na sala, tem poucas peças de roupas e usa sabão de coco para lavar o cabelo. A menina foi levada para um abrigo da cidade. 

Por Ana Beatriz Rodrigues