O assassinato do jovem Leandro Luciano Antunes de Lima, de 27 anos, conhecido em Mundo Novo como Milão, foi solucionado em menos de 10 horas após o crime. Ele levou cerca de 20 facadas – na madrugada deste domingo (17.mar), por volta das 05h – na região da barriga, peito e pescoço e veio a óbito em uma estrada paralela a BR-163, conhecida como ‘Mandioquinha’, que fica ao lado da Receita Federal na fronteira com o Paraguai.

Câmeras de segurança na borracharia que fica ao lado da estrada vicinal, em frente a BR-163, e outras diligências ajudaram a solucionar o caso rapidamente. O casal foi preso na Prainha do Cascalho, no início da tarde, quando se preparava para fugir.

Em seu depoimento, a mulher de 30 anos assumiu a autoria e ser a mentora do crime, afirmando que fez o mesmo porque aproximadamente há 15 anos, a vítima teria abusado sexualmente de sua irmã que tem deficiência em uma casa de apoio.

O delegado Alex diz que haverá a investigação desta afirmação, mas que não acredita nesse ocorrido. Na época, Milão teria apenas 12 anos.

Em seu depoimento, a mulher afirmou que já tinha intenção de cometer este crime por vingança, mas que encontrou Milão na madrugada alcoolizado e viu ali a oportunidade. Ela, de 30 anos, e o companheiro, de 52 anos, estavam em uma tabacaria e, assim como Milão, consumiram bebida alcoólica. O casal estava desde a manhã anterior bebendo.

Ela foi vista também em uma feira na madrugada e deu carona em um carro Uno para Milão. Após convencer a vítima de pegar carona, pegou o companheiro na tabacaria, no Centro da Cidade, e se deslocou com o mesmo para a região da Mandioquinha.

A mulher afirmou que Milão percebeu a intenção e tentou sair do veículo em movimento. Ao descer do carro, a mulher desferiu os primeiros golpes de faca, mas Milão conseguiu retirar a faca da mão da assassina. Neste momento, segundo o depoimento, o homem de 52 anos entrou em cena e desferiu outros vários golpes que levaram Milão à morte.

O delegado de Mundo Novo, Alex Junior, informou que a mulher ainda gravou um vídeo, com a vítima já perdendo muito sangue, forçando-o a assumir que havia abusado de sua irmã, fato que o delegado reiterou não acreditar.

Alex também relatou bastante frieza da assassina e que o companheiro não é conhecido na cidade.

Mulher havia matado ex-marido, mas foi absolvida por júri popular

Daiane Augusto, de 30 anos, comete seu segundo assassinato (foto: redes sociais)

A Delegacia de Polícia Civil de Mundo Novo se negou a identificar os assassinos, mas a nossa reportagem conseguiu apurar que trata-se de uma mulher chamada Daiane Augusto, que tinha contra si um assassinato contra seu ex-marido em 2017.

O relato da época, que foi usado no julgamento (júri popular) em que foi absolvida, é que foi legítima defesa porque havia sido agredida pelo cidadão.

Apuramos que ela havia sido agredida realmente pelo ex-marido em Japorã, com facada até no órgão íntimo, e que anos depois o ex-marido sofreu um AVC e precisava de cuidados em Mundo Novo. Ela teria ganhado a confiança dele e o acabou degolando em junho de 2017.

Contra ela há registro de inúmeros boletins de ocorrência, desde 2013, quando tinha apenas 19 anos. São acusações de Lesões Corporais Recíprocas (2014), Ameaça (2014), Desacato (2016), Homicídio (2017), Fuga de Pessoa Presa ou Submetida à Medida de Segurança (2017) e Lesão Corporal Dolosa (2020). Em um mesmo ano teve Furto, Dano e Injúria.

Ela está recolhida na Cadeia Pública de Mundo Novo, mas, tanto ela quanto ele, devem ser transferidos para uma penitenciária. Antes de ser inocentada pelo júri popular em Mundo Novo, ela ficou presa por aproximadamente um ano.

O prefeito do município, Valdomiro Sobrinho e a população em geral se mostraram atônitos com o caso e lamentaram o ocorrido nas redes sociais.

Obs. Material editado às 17h43 para acréscimo de informação.

Obs. Material editado às 17h46 e suprimido a parte que dizia que Daiane cuidava do ex-marido quando o assassinou em 2017.