Em meio a surtos de gripe e virose intestinal, à noite os postos de saúde de Campo Grande estão ainda mais lotados. Ontem, a reportagem percorreu várias unidades de saúde e ouviu relatos de pacientes que penam nas filas à espera por atendimento, realidade conhecida, mas que pode piorar, segundo a Secretaria de Saúde do Município.
Por isso, a Prefeitura de Campo Grande deve decretar Situação de Emergência na saúde devido ao aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nas unidades de saúde de Campo Grande.
A declaração foi feita pela secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, durante reunião com o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges, o "Carlão" (PSB), na manhã desta terça-feira (30).
"Estamos na iminência de um Decreto do Executivo Municipal declarando Situação de Emergência para mitigarmos e prevenirmos uma situação ainda mais grave. Esse aumento expressivo das síndromes gripais respiratórias, a superlotação dos hospitais, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde)”, disse Rosana.
Ontem, a prefeitura criou gabinete da crise para tentar reverter a situação. Rosana Leite de Melo reconhece a superlotação das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) e lembrou que o plano emergencial é melhor o aproveitamento de pessoal, além de solicitar abertura de leitos nos hospitais credenciados para atender a rede pública.
Durante evento "Meu Bairro Limpo", nesta terça, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, definiu o momento como crítico. “É um momento crítico. Ontem tivemos uma reunião com o Comitê de Emergência que está sendo formado, tudo isso para tentar combater essas doenças. Estamos vivendo um período atípico, quando nós temos muitas doenças respiratórias”, destacou.
Segundo ela, uma equipe volante vai percorrer unidades 24 horas, melhorando o atendimento e o fluxo.
Por Viviane Oliveira, Izabela Cavalcanti e Caroline Maldonado